terça-feira, 3 de agosto de 2010

O PROJETO POLÍTICO É O PANO DE FUNDO PARA A ESCOLHA DE UM SOFTWARE EDUCACIONAL?

O desenvolvimento de Software educacional ganhou um grande impulso nos últimos anos. Há alguns anos ,a escolha dos educadores restringia-se a duas opções:  Programa de Instrução Programada;  Linguagem de Programação Logo. A integração do computador ao ambiente escolar é uma questão complexa implica compreender o papel que o computador pode assumir no processo de ensino e aprendizagem. Este papel não é homogêneo, depende em grande parte das intenções do educador e das características do programa computacional que se pretende utilizar. A análise de algumas experiências usando a Linguagem Logo mostra a importância do Projeto Pedagógico para o desenvolvimento do trabalho em sala de aula e, principalmente para a compreensão da sua função no processo educacional (Freire, 1998). A falta de um contexto significativo de uso limita as potencialidades do Logo esgotando-as. Em algumas situações,esta foi a causa do abandono dessa linguagem de programação. As experiências com Logo, respaldadas por um Projeto Pedagógico bem delineado, permitiram a integração de outros aplicativos e programas computacionais ao trabalho de informática na educação e,ainda hoje, servem como referência. A sobrevivência de muitos softwares educacionais dependerá da existência de um projeto pedagógico. Um projeto origina de uma situação circunstancial que precisa de soluções e que tem algumas restrições que devem ser consideradas. O Projeto Pedagógico é uma organização aberta. Organização,porque procura articular as informações já conhecidas; e aberta, porque precisa integrar outros aspectos que somente surgiram durante a execução daquilo que foi projetado.O projeto é passível de modificações a qualquer momento, é dinâmico. A elaboração,execução e reformulação do projeto pedagógico é o que garante escolhas apropriadas no contexto da informática na educação. O Projeto Pedagógico norteia a escolha e o modo de aplicação de um software considerando, por um lado a natureza do conteúdo a ser desenvolvido e, por outro,os recursos disponíveis dos software. Esses podem ser combinados com outros materiais didáticos e dinâmicas de trabalho, contribuindo, assim, para o delineamento de situações de aprendizagem. Segundo Hernández : “ As escolas são instituições complexas,inscritas em círculos de pressões internas e,principalmente, externas,nas quais com frequência as inovações potenciais ficam presas na teia de aranha das modas”. Se quisermos que a Informática na Educação ultrapasse os limites do modismo, é preciso investir na transformação da escola para que ela possa abraçar novas iniciativas,contribuindo,assim para que tais propostas atinjam, d forma significativa, a ponta do processo educativo: os alunos. A novidade precisa ser trazida para dentro da escola e compreendida por toda a comunidade escolar. Nos limites da sala de aula,essa compreensão demanda níveis distintos de reflexão que estabelecem um continuum: a reflexão do educador a respeito do que ele faz na (e sobre) sua ação pedagógica e a reflexão que o aluno deve fazer sobre o que aprende provocada pelo educador.

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